O ex-prefeito de Manicoré Lúcio Flávio do Rosário foi condenado, pela Justiça do Amazonas, a 8 anos e 1 mês de prisão por desviar verba municipal. Acusado de crime de responsabilidade, Lúcio Flávio ainda foi condenado à perda de cargo e à inabilitação por 5 anos para o exercício de função pública, eletivo ou de nomeação, além do ressarcimento aos cofres públicos de R$ 50,7 mil.
De acordo com denúncia formulada ao Ministério Público e informações levantadas pela equipe de reportagem do Portal Amazônia sem Fronteiras, Lúcio Flávio pagava R$ 1.300,00 a Manoel Alves Faustino por serviços de segurança pessoal. O pagamento da gratificação a Faustino – também condenado na sentença – era feito por meio de uma terceira pessoa (“laranja”), a empregada Vanusa Fernandes Hipe, que trabalhava na casa do policial e teve o nome incluído na folha de pagamento da prefeitura como servidora comissionada.
Manoel Faustino foi condenado a 3 anos e 4 meses de prisão, em regime semiaberto à perda de cargo, também ficando inabilitado, por 5 anos, para o exercício de função pública, eletivo ou de nomeação. A empregada Vanusa Hipe foi absolvida.
Conforme a sentença do juiz Marco Aurelio Plazzi Palis, titular da 2ª Vara da Comarca de Manicoré, o ex-prefeito Lúcio Flávio e o policial Manoel Faustino, também deverão ressarcir os cofres públicos, de forma solidária, com o montante de R$ 50.700,00, em razão do desvio de 39 prestações de R$ 1.300,00, referentes a cada salário pago.
Manicoré é um município distante à 332 quilômetros de Manaus. Além de ter sido prefeito, Lúcio Flávio também comandou a Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS)
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras