Família pede justiça por morte de homem que teve atendimento médico negado na saúde pública

Foto: Divulgação
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Familiares de Gilson de Souza Lopes (foto), de 57 anos, morto na frente da Clínica da Família Aloysio Novis, na Penha, após ter pedido de atendimento negado na unidade, se revoltam com a falta de amparo da Prefeitura do Rio. De acordo com a sobrinha da vítima, Raquel Lopes, 28 anos, após 48h do ocorrido a Secretaria Municipal de Saúde não informou detalhes do procedimento realizado no momento do atendimento a Gilson e em nenhum momento ofereceu amparo aos familiares.

Revoltada com a situação, Raquel revelou que o enterro do seu tio teve que ser de caixão fechado, já que Gilson estava irreconhecível após o atropelamento. A vítima foi enterrada no Cemitério de Irajá, Zona Norte do Rio, na manhã desta quarta-feira (6). Para Raquel, o mais revoltante é saber que ele morreu tentando pedir ajuda em uma unidade de saúde.

“As pessoas que estavam em volta disseram que ele chegou lá por volta das 7h, ficou na fila, tentou o primeiro atendimento e não conseguiu. Funcionários da clínica diziam que, por ser caso de emergência, ele deveria ir pra UPA (Unidade de Pronto Atendimento), ou pro Hospital Getúlio Vargas. Mas ele não tinha condições de ir sozinho. No segundo atendimento, ele falou: ‘meu peito está doendo muito, eu preciso de atendimento’. Então ela (uma funcionária da clínica) pediu para que ele se retirasse porque não teria atendimento, e que ele não poderia ficar dentro da unidade por conta da Covid-19. O colocaram para fora”, explicou Raquel.

Depois que ele se retirou da unidade, ainda tonto, Gilson tropeçou em um desnível na calçada e morreu atropelado por um ônibus, à luz do dia, em frente à unidade de saúde. O corpo só foi retirado do local cinco horas depois.

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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