Em noite de fortes emoções e bobeadas do setor defensivo, o Flamengo foi eliminado na Copa Libertadores da América. Com um a menos desde a metade do segundo tempo (Rodrigo Caio foi expulso), o Rubro-Negro sofreu um gol, empatou no último minuto e perdeu nos pênaltis.
O Flamengo começou o primeiro tempo amplamente melhor, com a posse de bola e a marcação alta quando os argentinos tentavam iniciar as jogadas. A estratégia deu certo, e o Rubro-Negro quase abriu o placar logo aos quatro minutos. Arrascaeta cobrou o escanteio para a área, e Gustavo Henrique ganhou de cabeça e manda bem perto da trave esquerda do goleiro Arias. No banco de reservas, alguns jogadores chegaram a gritar gol achando que a bola havia entrado.
O tempo passou, e o Flamengo tentava se impor marcando alto e conseguindo controlar as escapadas do Racing, que tinha a estratégia de jogar no contra-ataque. Bruno Henrique, que começou mais centralizado, começou a cair pela esquerda, onde levou muita vantagem no jogo de ida. O roteiro se repete neste início. Aos 26, Rodrigo Caio fez falta boba no meio de campo e levou cartão amarelo, o que seria o início de um problema no segundo tempo.
Mas antes disso, o time de Rogério Ceni ainda desperdiçou duas ótimas oportunidades, uma com Everton Ribeiro e outra com Vitinho. A do meia aconteceu aos 38 do segundo tempo. Em bela jogada de Bruno Henrique pela esquerda, Arrascaeta recebe dentro da área e botou no segundo pau para Everton Ribeiro. Sozinho, o camisa 7 decidiu dar de cabeça no meio da área em vez de finalizar, e a defesa do Racing afastou na sequência.
Na sequência, Bruno Henrique lançou Arrascaeta na direita, que deu de primeira do outro lado em Vitinho. O camisa 11 saiu sozinho na frente de Arias, finalizou sem dominar e mandou raspando a trave esquerda do goleiro do Racing, que havia saído para abafar. Rogério Ceni não acreditou e lamentou na beira do gramado. Logo depois, o árbitro apitou o fim da primeira etapa.
O segundo tempo ganhou roteiro dramático para o Flamengo, que iniciou melhor que o Racing. Logo aos quatro minutos, quase saiu o gol rubro-negro. Vitinho recebeu a bola na entrada da área, ajeitou para a perna direita e finalizou firme. A bola desviou no meio do caminho, mas Arias, já caído, estica o braço direito e salva o time argentino.
Mas, aos 17, iniciou o pesadelo rubro-negro no Maracanã. Rodrigo Caio fez falta desnecessária por trás em Lisandro López, levou o segundo amarelo e, consequentemente, o vermelho. Com um a menos, Rogério Ceni sacou Arrascaeta e colocou João Gomes. Porém, na primeira jogada com um a mais, os hermanos abriram o placar, em bobeada de Gustavo Henrique. Na falta cobrada para dentro da área, o camisa 2 falhou no domínio, não conseguiu cortar em definitivo, e Sigali chegou inteiro na bola para empurrar para o fundo das redes de Diego Alves.
Após abrir o placar, o Racing fechou a casinha e se fechou na esperança de segurar o placar e se classificar as quartas de final da Libertadores. O Flamengo foi para cima e colecionou boas oportunidades. Aos 35, Isla cruzou bem pela direita, Bruno Henrique apareceu fechando na segunda trave e testou muito forte para a ótima defesa de Arias. Logo depois, foi a vez de Arão. Vitinho cobrou o escanteio para a área, Arão cabeceou com força, e o goleiro voltou a salvar o Racing.
Quando alguns argentinos já comemoravam a classificação no banco de reservas, eis que Arão aparece, nos acréscimos para empatar e explodir a emoção rubro-negra mundo afora. Logo depois, o árbitro apitou o fim de jogo, e a briga pela vaga às quartas de final foi para os pênaltis, pois foi o mesmo resultado na Argentina.
Nos pênaltis, o Racing converteu as cinco batidas e Arão desperdiçou para o Flamengo, e o time argentino conseguiu a vaga às quartas de final da Libertadores. Rogério Ceni, portanto, acumula duas eliminações em menos de dois meses de comando no Rubro-Negro.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras