Em um pronunciamento feito na tarde desta sexta-feira (3) o presidente americano Donald Trump afirmou que o ataque que causou a morte do general Qasem Soleimani, de 62 anos, no Iraque, foi ‘para parar uma guerra’.
O presidente americano também disse que “os EUA estão prontos e preparados para qualquer resposta” e que Soleimani foi morto pois “estava planejando ataques iminentes e sinistros a diplomatas e militares”.
No discurso Trump afirmou ainda que o “reinado de terror” do general havia acabado e que “a agressão do regime iraniano na região, incluindo o uso de agentes para desestabilizar seus vizinhos, deve acabar”.
O presidente norte-americano ainda ressaltou que o ataque que causou a morte não teria nenhum interesse em “mudanças de regime” no Irã.
Soleimani comandou por mais de 20 anos a Força Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária Iraniana, e é acusado por governos estrangeiros de envolvimento em milhares de mortes no Oriente Médio.
O governo dos Estados Unidos também acusa as milícias chefiadas por Soleimani de serem responsáveis pelas mortes de centenas de soldados americanos no Iraque, e mais recentemente de ter orquestrado uma invasão ocorrida na embaixada americana em Bagdá na terça-feira (31), e o atentado contra uma base militar dos EUA no Iraque, no mês passado.
Reações no Irã
Dezenas de milhares de iranianos se manifestaram em diferentes cidades do Irã, em protesto contra os Estados Unidos pela morte de Qasem Soleimani.
No centro de Teerã, em frente à mesquita do complexo de Mosala, os manifestantes gritavam palavras de ordens como “morte aos EUA” e “morte a Israel”, além de exigirem vingança por parte da Força Quds.
Alguns dos participantes das manifestações atearam fogo às bandeiras dos Estados Unidos e Israel.
Soleimani é a figura mais importante e conhecida dos Guardiões da Revolução, tanto interna quanto internacionalmente, e era muito próximo ao líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, e de seu representante na região.
Khamenei disse em um comunicado que aqueles que mataram Soleimani enfrentarão uma “dura vingança”.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras