O governador Wilson Lima anunciou nesta última terça-feira (26), durante a inauguração da primeira ala hospitalar do Brasil para tratamento de pacientes indígenas, a reabertura gradual do comércio em Manaus a partir da próxima segunda-feira, 1º de junho. O decreto que mantém apenas o comércio de serviços essenciais no Estado é válido até o dia 31 de maio.
Atualmente o Amazonas possui 31.949 casos positivos, 1.248 mortes (outros 286 óbitos estão em investigação e aguardam confirmação laboratorial) e 4.134 pessoas em isolamento domiciliar. Outras 25.465 pessoas passaram pelo período de quarentena (14 dias) e 498 pacientes estão internados em decorrência da infecção por coronavírus.
De acordo com uma pesquisa divulgada no dia 18 de maio pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), há possibilidade de um outro ‘pico’ de Covid-19 no mês de junho, em Manaus, mais intenso do que o registrado no início de maio.
“O número de óbitos por Covid-19 diminuiu no Estado ao longo dos últimos 15 dias. Tivemos um aumento de casos, mas também um número alto de recuperação, com mais de 23 mil pessoas recuperadas. Nós conseguimos enxergar uma luz no fim do túnel e todas as decisões de reabertura do comércio estão condicionadas à essa curva”, explicou o governador.
O governador não deu detalhes sobre como será realizada a abertura, mas afirmou que nos municípios do interior, os prefeitos terão autonomia para decidir quando retornam às atividades comerciais.
PREFEITO ARTHUR NETO PEDE CAUTELA NA REABERTUTA DO COMÉRCIO
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, pediu cautela quanto à reabertura do comércio na capital do Amazonas, durante o período de pandemia do novo coronavírus. “Não vamos criar nas pessoas uma falsa ilusão de que todo mundo que for para a rua estará empregado”, disse o prefeito, em vídeo publicado nas redes sociais sobre a retomada gradual de atividades prevista pelo governo estadual, para o próximo dia 1° de junho.
A afirmação do prefeito foi dada após o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, declarar que teme uma nova onda de Covid-19 em Manaus. Segundo Arthur, as medidas de prevenção, como distanciamento e isolamento social entre servidores municipais, vão continuar.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras