Grupo de venezuelanos deixa Boa Vista e vai para o Rio Grande do Sul

    Foto: Divulgação
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    Mais de 200 venezuelanos deixaram Boa Vista (RR) nesta quarta-feira (12) com destino a Canoas, no Rio Grande do Sul. É a primeira vez que a cidade participa do processo de interiorização dos imigrantes oferecendo assistência às famílias.

    Canoas vai receber R$ 1,2 milhão em repasses do Ministério do Desenvolvimento Social como ajuda financeira para os próximos seis meses.

    O dinheiro será usado para estruturação da rede socioassistencial do município para acolhida dos venezuelanos.

    O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) deixou a capital de Roraima às 8h15. No início da tarde, o grupo chega a Porto Alegre e irá para abrigos.

    Outro grupo deve embarcar ainda esta semana com o mesmo destino, segundo a Casa Civil da Presidência da República, responsável pela coordenação do programa.

    O órgão também confirmou a transferência de mais famílias para Esteio, também na Região Metropolitana de Porto Alegre, até o próximo domingo (16). Esteio receberá R$ 534,4 mil.

    Mais de 1,5 mil imigrantes foram transferidos

    Desde abril, quando a interiorização começou a ser feita, mais de 1,5 mil imigrantes foram levados a outros estados. As transferências são voluntárias.

    Primeiro, as cidades manifestam ter condições de receber os venezuelanos, geralmente com espaços oferecidos por organizações sociais e igrejas, e autoridades do governo federal e organismos internacionais como a Acnur (Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados) e a OIM (Agência da ONU para as Migrações).

    A partir daí, são identificadas as pessoas que têm interesse no projeto e enquadradas nos perfis de cada abrigo.

    Todos os venezuelanos que solicitam refúgio e residência recebem vacinas e são submetidos a exame de saúde, além de serem regularizados no Brasil, com documentos como o CPF e carteira de trabalho.

    Ao longo deste mês, o governo espera transportar quase 400 pessoas por semana. Na última semana, 408 venezuelanos foram levados de Roraima para Manaus, Cuiabá, São Paulo e Brasília.

    Reportagem: Redação Amazônia Sem Fronteiras

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