Mais uma etapa do processo de transferência gradativa de indígenas venezuelanos da etnia warao, para um novo abrigo, foi realizada nesta quinta-feira (3). O grupo foi para um sítio no bairro Tarumã-Açu, na zona Oeste. As famílias transferidas estavam abrigadas em espaços de acolhimento provisório nos bairros Compensa e São Jorge, ambos na zona Oeste. A ação é da Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
“Essa medida tem o objetivo de minimizar o risco de contágio da Covid-19. O espaço foi projetado para garantir as condições necessárias a essas comunidades. Existem famílias que estavam residindo em abrigos diferentes e com essa medida, nós conseguimos reaproximar essas pessoas, garantindo que as tradições e os laços culturais não se desfaçam”, afirmou Mirella Lauschner, diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Semasc.
O abrigo conta com redário, salão para trabalhos coletivos (respeitando o número máximo para ocupação, conforme as recomendações das autoridades de saúde), salas técnicas, refeitório, banheiros, lavatórios e pontos para lavagem das mãos. No espaço serão ofertados atendimento psicossocial, atividades lúdicas, além de orientação e encaminhamento para a rede socioassistencial.
Parceria
A ação contou com apoio de agências das Nações Unidas, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur); a Organização Internacional para Migrações (OIM); o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); e o Fundo de Populações das Nações Unidas (Unfpa). Apoiaram, também, instituições da sociedade civil, como o Instituto Mana, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra) e Aldeias Infantis SOS.
Técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realizaram a triagem e avaliações médicas dos venezuelanos warao, e servidores da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), também participaram da realocação.
“O Acnur está presente diariamente com apoio técnico e com a doação de itens de necessidade básica. Hoje, estamos auxiliando nessa realocação, dando apoio logístico e também doando redes para essas famílias. Desde 2017, quando começaram as ações de acolhimento aos venezuelanos waraos, que nós atuamos em conjunto com a Semasc e as demais secretarias”, declarou a assistente sênior de proteção da Acnur, Juliana Serra.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras