Jogar videogame pode ser positivo para a saúde psicológica, diz estudo

    Foto: Divulgação
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     Jogar videogame pode ser benéfico para a saúde mental, afirma um grupo de pesquisadores da Universidade de Oxford em um estudo publicado nesta segunda-feira (16), baseado nos jogos “Animal Crossing” da Nintendo e “Plants vs. Zombies” da Electronic Arts.

    “Ao contrário dos temores generalizados de que muito tempo gasto jogando videogame pode gerar vício e prejudique a saúde mental, encontramos uma pequena correlação entre jogos e bem-estar”, afirmam os autores da pesquisa.

    “Nossos resultados são a favor da ideia de que os jogos online oferecem uma alternativa satisfatória aos encontros frente a frente neste momento excepcional” de contatos restritos por causa da pandemia do novo coronavírus, afirma Matti Vuorre, um dos autores do estudo, à AFP.

    Os videogames, especialmente os jogos online, são frequentemente acusados de afetar a saúde psicológica dos jogadores.

    Estudos anteriores criticaram o efeito dos períodos excessivamente longos nos mais jovens.

    Desde 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o vício em videogames como uma doença psicológica, “uma decisão criticada por muitos pesquisadores”, segundo Vuorre.

    Ao contrário de estudos anteriores baseados em autoavaliações de tempo realizadas com os jogadores, os pesquisadores de Oxford usaram dados das conexões virtuais fornecidas pelos desenvolvedores.

    Trabalhando com a EA e Nintendo, “pela primeira vez, fomos capazes de questionar a relação entre forma de jogar e o bem-estar”, acrescentou outro autor do estudo, o professor Andrew Przybylski, em comunicado.

    Assim, pessoas que passam mais de quatro horas por dia em média jogando “Animal Crossing” comentaram estar mais felizes.

    Tanto este jogo de simulação quanto o jogo de “Plants vs. Zombies” têm gráficos coloridos semelhantes aos de desenhos animados, e nenhum deles está entre os títulos mais polêmicos por sua violência ou incitação para gastar dinheiro.

    “Nossos resultados foram notavelmente semelhantes para os dois títulos, que não pertencem ao mesmo gênero”, explica Vuorre.

    “A realização de estudos adicionais fornecerá a oportunidade de estudar uma amostra mais ampla de gêneros”, disse ele.

    Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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