Johnson & Johnson apresentará resultados da vacina na próxima semana

    Foto: Divulgação
    - PUBLICIDADE -

    A Johnson & Johnson espera comunicar os resultados do muito aguardado teste clínico sobre sua vacina contra a covid-19 na semana que vem, antecipou nesta última terça-feira (26) o diretor financeiro da farmacêutica americana à emissora CNBC.

    Espera-se que a empresa solicite a autorização de uso emergencial para seu imunizante de dose única ao mesmo tempo, podendo se tornar pouco depois a terceira vacina autorizada pelas autoridades nos Estados Unidos.

    “Planejamos informar no começo da semana os nossos resultados”, disse Joseph Wolk.

    Ele acrescentou que o estudo de fase 3, realizado com 45.000 pessoas em 80 países, incluía potencialmente casos de novas cepas identificadas no Brasil e na África do Sul.

    “Em termos de fornecimento, estamos muito confiantes e no caminho de cumprir todos os nossos compromissos”, acrescentou.

    Estes incluem a produção de 100 milhões de doses para os Estados Unidos antes do fim de junho, 200 milhões de doses antes do fim do ano para a União Europeia, com remessas que devem começar em abril. Outros 200 milhões de doses serão enviadas para países em desenvolvimento e começariam a ser remetidas no segundo semestre.

    A aprovação de uma nova vacina chegaria em um momento em que os Estados Unidos tentam acelerar sua taxa de imunização, já que o novo objetivo do presidente recém-empossado, Joe Biden, é alcançar 1,5 milhão de aplicações por dia.

    Biden anunciou na segunda-feira sua nova meta, que supera a anterior, com a qual pretendia alcançar 100 milhões de doses nos cem primeiros dias de sua administração.

    Como as vacinas dos laboratórios americanos Pfizer e Moderna, a da J&J envia instruções genéticas às células humanas para criar uma proteína específica contra o novo coronavírus, com o objetivo de treinar o sistema imunológico para enfrentar o vírus vivo.

    Pfizer e Moderna usam moléculas de RNA mensageiro, enquanto a vacina da J&J é feita com base em um DNA de dupla cadeia que se torna RNA dentro das células humanas para alcançar o mesmo objetivo.

    As vacinas da AstraZeneca, Sputnik e CanSino usam técnicas similares, conhecidas como “vacinas de vetor adenoviral”.

    São mais resistentes do que os modernos imunizantes de RNA e podem ser armazenadas na temperatura de refrigeradores e por isso não precisam de freezers especiais.

    Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

    - PUBLICIDADE -