A cidade de Macapá (AP) completa nesta quinta-feira (4), 263 anos de fundação. A programação oficial de aniversário organizada pela prefeitura começou na última terça-feira (2) com o 4º Festival de Iemanjá.
Hoje pela manhã houve logo cedo, às 6h, a salva de canhões e as tradicionais missa na Capela de São José, na Fortaleza, e o encontro dos tambores. Devido a pandemia de Covid-19, tudo será transmitido pelas redes sociais da Prefeitura de Macapá.
O projeto Banzeiro do Brilho-de-fogo encerra o calendário de atrações do dia do aniversário da capital do Amapá. É o 6º ano em que o Banzeiro do Brilho-de-fogo é atração no aniversário de Macapá, mas ao contrário dos outros anos, em que a apresentação era nas ruas da cidade no grande cortejo musical, em 2021, devido às medidas e cuidados relacionados à pandemia da Covid-19, batuqueiros e instrumentistas de sopro, fazem a apresentação sem público, com número reduzido de músicos.
CONHEÇA MACAPÁ
No coração da Amazônia, Macapá é uma cidade de encantos, do pouso de aves migratórias, do Marabaixo e gengibirra, de uma cultura forte e com um povo sorridente e trabalhador. Antes de ser assim chamada, Macapá, a cidade recebeu dois nomes: foi batizada como Adelantado de Nueva Andaluzia, em 1544, pelo então Rei da Espanha, Carlos V, e recebeu mais tarde, na época de sua fundação, o nome de São José de Macapá.
A cidade foi criada a partir de um destacamento militar criado em 1738. A história do nome Macapá iniciou como vila e foi oficializada assim no dia 4 de fevereiro de 1758, pelo então governador do Grão-Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado. Nesse momento da história, a cidade era habitada por casais de açorianos, e a economia, cultura e política eram ligadas ao estado do Pará. Só em 1859 que a vila foi elevada à categoria de cidade, por intermédio do tenente coronel Henrique Rolan.
Nesse período, o domínio dos portugueses era predominante no Brasil. Todos os comandantes eram nomeados pela coroa portuguesa e todas as decisões na cidade precisavam da aprovação e orçamento de Portugal. Anos mais tarde, a cidade, que foi criada como destacamento militar, recebeu o prédio da antiga Intendência de Macapá, hoje em dia é o Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva. A data da inauguração deste prédio é de 15 de novembro de 1895, quando Coriolano Jucá era Intendente. O prédio, em estilo neoclássico, foi usado desde o período de Vila até o extinto Território Federal do Amapá. Ele possuía esculturas e figuras antropomorfas que representam as artes e a indústria.
A cidade foi crescendo, fortalecendo o comércio, e já no século passado, por iniciativa de Getúlio Vargas, no dia 13 de setembro de 1943, tornou a cidade capital do então território federal do Amapá, o qual só ganharia status de estado em 1988. “O nome Macapá vem do Tupi, que significa terra ou lugar de bacabas. Vale ressaltar que muitos nomes que usamos hoje como Buritizal, Bailique, Araxá, Cajari, Calçoene, Cunani, Cupixi, Manuanum, entre outros, são oriundos do Tupi. Devido à colonização portuguesa, muito das tribos que viviam aqui foram extintas, mas outra parte se entrelaçou na história da cidade com nomes, culinária, vestimentas, hábitos e medicina”, frisa o historiador.
Desde então, a cidade recebeu o título de Cidade do Meio do Mundo, por ser cortada pela linha imaginária do Equador, com uma altitude de 16,48 m do nível do mar. Hoje, a cidade possui mais de 600 mil moradores e tem como atrações turísticas a Fortaleza de São José, Monumento do Marco Zero, Orla de Macapá, Igreja São José, Praça Floriano Peixoto, Praça da Bandeira, Laguinho, Lagoa dos Índios, Museu Sacaca, Curiaú, Mercado Central, Bioparque da Amazônia, entre outros.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras