O presidente eleito, Jair Bolsonaro , respondeu neste domingo às críticas de municípios que vão ficar sem médico após o governo de Cuba sair do Programa Mais Médicos. Dos 3.228 municípios atendidos pelo programa, 611 correm risco de ficar sem nenhum profissional na rede pública a partir do Natal. Segundo Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias municipais de Saúde (Conasems), esse é o número de municípios que só possuem médicos cubanos.
Em entrevista durante visita a uma competição de jiu-jitsu, Bolsonaro não informou como pretende substituir os profissionais cubanos e disse que muitas prefeituras demitiram seus profissionais para ficar com cubanos.
— Não podemos admitir escravos cubanos no Brasil. Não podemos continuar alimentando a ditadura cubana. Se nós dermos o tratamento adequado, isso vai ser resolvido. E tem mais, tem prefeitura que mandou embora seu médico para pegar o cubano e quer ficar livre da responsabilidade.
Questionado sobre como pretende fazer a substituição, Bolsonaro disse que ainda não assumiu o cargo.
— Não podemos ser coniventes com trabalho análogo à escravidão. Eu não sou presidente. Dia primeiro ( de Janeiro) nós vamos apresentar o remédio, se bem que o governo Temer já está trabalhando nesse sentido — disse Bolsonaro.
O evento do qual Bolsonaro participou — realizado pela Federação de Jiu-Jitsu dos Emirados Árabes Unidos (UAEJJF), em parceria com a Federação Brasileira de Jiu-Jitsu (FBJJ) — é a maior competição de Jiu-Jitsu da América Latina.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras