A diretoria do Flamengo anunciou nesta sexta-feira (14) a saída do lateral-direito Rafinha do clube. Em entrevista coletiva por videoconferência, o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, confirmou que o jogador de 34 anos aceitou uma proposta do Olympiacos, da Grécia, apesar dos esforços dos dirigentes tentar reverter a situação.
“O Rafinha, a partir das 15h30, quando o Flamengo decola para Curitiba, está desligado do futebol profissional do Flamengo, a pedido dele”, disse Braz, que explicou a situação da saída dizendo que o lateral-direito entendeu que a proposta era muito boa para sua carreira.
O dirigente rubro-negro ressaltou que Rafinha impôs uma cláusula em seu contrato quando veio para o Flamengo, que permitia a liberação sem custos para algum clube do exterior em caso de oferta. “O Rafinha recebeu uma proposta de um time grego. Já comunicou a gente que vai aceitar a proposta. O Flamengo lamenta, não gostaria de perder o atleta. Estou muito à vontade para falar dele. Se custou bastante tempo para colocar na cabeça dele que poderia fazer um grande trabalho na América do Sul. Isso foi feito. Os resultados não são questionáveis”, afirmou.
Braz revelou que a proposta do Olympiacos é muito boa. “É um jogador de (quase) 35 anos e recebeu uma proposta para que ficasse dois anos, até os 37, jogando em alta performance. O atleta entendeu que deveria sair e nos comunicou. O Flamengo tentou entender como seria a proposta. São números que são grandes e ele fez a opção por querer o novo contrato. Existia uma cláusula que se ele quisesse voltar para a Europa, poderia quando quisesse. As pessoas tem que entender que quando o Flamengo foi buscar o Rafinha, foi buscar um jogador do Bayern de Munique, que estava há 14 anos na Alemanha. Tivemos que convencê-lo a mudar de vida. Foi maravilhoso enquanto durou. A cláusula foi imposta por ele. Se não tivesse este ponto, lá atrás ele não viria por questão de segurança”, explicou.
Sem Rafinha e com a janela de transferências para o exterior fechada, o Flamengo terá que recorrer ao mercado interno. Além de João Lucas, o clube não possui outra peça de reposição no elenco profissional. Por isso, Matheuzinho, do time sub-20, deve ser promovido. Braz afirmou também que já na busca por uma reposição.
“Estamos vivendo uma pandemia. A partir do momento em que a instituição corta salário de profissionais, de funcionários, o clube tendo que se adequar em várias questões financeiras, decidimos que não faríamos nenhuma contratação. A partir desta decisão do Rafinha, começamos o processo efetivo de uma contratação para a posição”, comentou.
Braz foi perguntado ainda sobre o início de trabalho do técnico espanhol Domènec Torrent. Foram duas derrotas em dois jogos no Campeonato Brasileiro: 1 a 0 para o Atlético-MG, no Maracanã, e 3 a 0 para o Atlético Goianiense, em Goiânia.
“O Jorge Jesus, quando chegou, teve 15 a 20 dias para trabalhar e o atual técnico teve cinco. Confiamos no profissional que contratamos e nos que chegaram com ele. Os resultados não são os esperados por todos, mas confiamos no trabalho do treinador. Temos que entender que tem um tempo para isso ser maturado”, completou o dirigente.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras