O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito para apurar suposto esquema de pagamentos milionários do grupo J&F a congressistas do MDB, entre eles o senador amazonense Eduardo Braga (foto). As suspeitas foram levantadas nas delações premiadas do executivo Ricardo Saud e do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Além de Braga, o esquema teria beneficiado também Jader Barbalho (MDB-PA), Eunicio Oliveira (MDB-CE), Renan Calheiros (MDB-AL), Valdir Raupp (MDB-RO) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rego.
Ao autorizar a abertura de inquérito, Fachin também atendeu aos pedidos da Procuradoria-Geral da República (PGR) para realização de oitivas com os envolvidos, incluindo os delatores e o empresário Joesley Batista, dono da J&F. De acordo com as delações, o grupo de senadores citado teria recebido cerca de R$ 46 milhões para apoiar a candidatura do PT à presidência em 2014.
NOTA
Em nota, a assessoria de Eduardo Braga disse que “todas as doações de campanha estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral” e que o senador prestará todas as informações necessárias para que a verdade seja restabelecida.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras
