Faleceu nesta sexta-feira, dia 14, por volta de 1h, o poeta, compositor e cancioneiro popular parintinense Emerson Maia, aos 66 anos. A morte dele foi em decorrência de complicações que se agravaram com o quadro de covid-19, diagnosticada depois que chegou a Manaus no dia 24 de julho.
Filho de Antônio Maia e dona Ladir Maia, o poeta se tornou conhecido, mundialmente, como autor de Lamento de Raça, canção de boi-bumbá que denunciou o extermínio de árvores e animais pelas queimadas na Amazônia, em 1996. Desde esse ano ele passou a ser reconhecido por ecologistas e engajados na causa verde de todo o planeta.
Segundo a historiadora Hiana Rodrigues, que pesquisou o Festival da Canção de Parintins, descobriu que Emerson liderou um movimento de Vanguarda – juntamente com Tony Medeiros, Paulo Dú Sagrado, Fred Góes e Carlos Portilho, entre outros – que viria a modificar a estética musical do boi-bumbá de Parintins.
Em nota, o Governo do Amazonas exaltou a importância de Emerson Maia para a cultura. “Suas composições exaltam a beleza e a força da Amazônia, e ficam eternizadas na história do festival e da cultura amazonense”, diz trecho da nota de pesar.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras