A Delegacia de Homicídios de Niterói colheu material dos cães da casa da deputada federal Flordelis, cujo marido, Anderson do Carmo, foi assassinado a tiros na madrugada deste domingo (16). O material foi enviado para exame toxicológico.
O objetivo do exame – cujo resultado deve ser concluído nesta terça-feira (18) – é determinar se os cães foram dopados, uma vez que os animais não reagiram à presença do responsável ou responsáveis pelo homicídio.
Diante da ausência de reação dos animais, a polícia não descarta a possibilidade de que o crime também possa ter sido cometido por alguém conhecido ou próximo à família.
Os policiais já analisam imagens das câmeras de segurança da vizinhança para saber quantas pessoas participaram do crime. Sabe-se, porém, que o assassinato foi cometido com pistola nove milímetros – todos os disparos feitos contra Anderson eram desse calibre.
O pastor trocava de roupa em um closet que fica ao lado da garagem da casa no momento do crime.
Diante da quantidade de tiros – a vítima foi atingida por pelo menos 15 disparos -, a hipótese de latrocínio já é quase que totalmente descartada.
Ao longo desta segunda-feira (17), policiais tomaram o depoimento de integrantes da família e outras possíveis testemunhas.
Filho é detido após o enterro
Um dos filhos da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), de 58 anos, e do pastor Anderson do Carmo de Souza, 42, foi detido logo após o enterro do pai, no início da tarde desta segunda-feira. O homem, que foi identificado apenas como Flávio, foi prestar esclarecimentos sobre a morte do pastor, na madrugada de ontem, em Niterói, na Região Metropolitana do estado. Ele foi preso por ter um mandado de prisão em aberto por violência doméstica, crime ligado à Lei Maria da Penha, e será levado para a carceragem da Polinter.
Flávio foi detido por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) ainda no Memorial Parque Nycteroy. Durante o sepultamento do corpo do pai, ele ficou o tempo todo ao lado da mãe, saindo com ela após a cerimônia. No fim do enterro, os agentes da DHNSG pediram para guardas municipais fecharem o cemitério. Eles, então, procuraram Flávio nos carros estacionados no local. Abordado, Flordelis pediu para que ele não fosse levado, dizendo “aqui não”.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras