Nova York, a maior cidade dos Estados Unidos, obrigará bares e restaurantes a fechar às 22h a partir desta sexta-feira (13) para enfrentar a segunda onda de covid-19, que afeta com força o país, assim como a Europa.
O número de pacientes com o novo coronavírus hospitalizados nos Estados Unidos é o mais elevado desde o início da pandemia, com mais de 65.000 pessoas, de acordo com o Covid Tracking Project. O vírus já provocou 242.621 mortes no país, de acordo com o balanço da Universidade Johns Hopkins.
Diante da ausência de regras nacionais do governo federal de Donald Trump, as autoridades locais começam a impor restrições em seus territórios.
No estado de Nova York, o governador Andrew Cuomo anunciou que todos os estabelecimentos autorizados a vender bebidas alcoólicas, incluindo bares e restaurantes, terão de fechar às 22h.
Alguns estados e cidades começaram a recomendar a seus habitantes que permaneçam em casa.
Este é o caso de Chicago – terceira maior cidade dos Estados Unidos em termos de população -, que pediu a seus 2,7 milhões de moradores que permaneçam em suas residências, com algumas exceções: seguir para o trabalho, escola, ou alguma atividade atividade considerada essencial. A medida é recomendada, mas não coercitiva.
“Cada um de nós deve dar um passo adiante e ‘Proteger Chicago’ agora mesmo, ou 2020 pode ir de mal a pior”, afirma um comunicado divulgado pelo site oficial da cidade.
Mais de 10.000 pessoas infectadas pelo novo coronavírus morreram nas últimas 24 horas no mundo, segundo um balanço de quinta-feira da AFP. Quase metade (4.961) dos óbitos (10.010) foi registrada na Europa; 1.868, na América Latina e Caribe; e 1.330, nos Estados Unidos.
No início da semana, surgiram notícias promissoras sobre o desenvolvimento de uma vacina dos laboratórios Pfizer e BioNTech, mas a possível solução não chegará a tempo de evitar outras dezenas de milhares de mortes.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta sexta-feira que qualquer “avanço científico” feito na corrida pela vacina da covid-19 possa beneficiar a todos os países rapidamente.
“Nunca na história a pesquisa de vacinas avançou tão rápido”, comemorou Tedros Adhamon Ghebreyesus no encerramento da reunião anual da agência.
“Devemos demonstrar a mesma rapidez e o mesmo espírito de inovação para tentar fazer com que todos os países se beneficiem desse avanço científico”, ressaltou.
As previsões apontam que as primeiras vacinas devem estar disponíveis, talvez, no fim do ano nos Estados Unidos, e no primeiro trimestre de 2021 na Europa, de acordo com a diretora do Centro Europeu para o Controle de Doenças (ECDC), Andrea Ammon.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras