O novo coronavírus matou 908 pessoas na China continental, onde o número de contágios passou de 40 mil, informaram as autoridades nesta segunda-feira (noite de domingo, 9, no Brasil), confirmando que a progressão da epidemia se estabiliza.
O vírus 2019-nCoV, que apareceu em dezembro em um mercado em Wuhan (centro da China), matou 97 pessoas a mais no país, sendo 91 na província de Hubei, a mais castigada pelo surto, elevando o total de vítimas fatais a 908 em todo o país.
Às mortes na China continental, que impôs uma quarentena a parte de seu território, se acrescenta uma em Hong Kong e outra nas Filipinas.
A cifra mundial de 910 mortes supera o balanço da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS), que matou 774 pessoas em todo o mundo em 2002-2003.
No sábado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia informado que o número de casos de contaminação diária na China tinha se estabilizado, mas que era cedo demais para afirmar que a epidemia tinha superado o seu auge.
Uma “missão internacional” de especialistas partiu para a China na noite deste domingo, anunciou o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus. À frente da missão está Bruce Aylward, que esteve à frente de outras emergências sanitárias internacionais.
Estabilidade
“Registramos um período de estabilidade de quatro dias, em que o número de casos relatados não aumentou. Isso é uma boa notícia e pode refletir o impacto das medidas de controle implementadas”, afirmou o responsável dos programas sanitários de emergência da OMS, Michael Ryan.
Com as mais de 3.000 novas infecções, agora há 40.171 casos confirmados do novo coronavírus em toda a China, em comparação com os 2.600 da véspera.
Para o cientista americano Ian Lipkin, da Universidade Columbia, a epidemia pode atingir seu pico nas próximas duas semanas antes de retroceder acentuadamente, embora se espere um aumento pontual quando as pessoas retomarem maciçamente a atividade laboral.
Por outro lado, o Banco Central chinês (PBOC) anunciou neste domingo que destinará 43 bilhões de dólares para ajudar empresas implicadas no combate à epidemia.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras