Paulo Guedes avalia a criação do chamado ‘imposto do pecado’

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que o governo vai estudar incluir na Reforma Tributária o chamado ‘imposto do pecado’, que taxaria produtos prejudicais à saúde, como cigarros, bebidas alcoólicas e itens com adição de açúcar, uma novidade na proposta do governo.

“Eu pedi para a equipe simular tudo. Bens que fazem mal para a saúde, como os acadêmicos chamam os tributos sobre esses produtos atraentes. Caso as pessoas queiram fumar, têm hospital lá na frente”, disse o ministro, em conversa com jornalistas após seu último dia de compromissos no Fórum Econômico Mundial.

Entre os produtos com adição de açúcar que poderiam ser taxados estão refrigerantes, sorvetes e chocolates, considerados um fator para a obesidade no país.

Ainda segundo o ministro, a proposta do governo para a Reforma Tributária está próxima de chegar a uma conclusão e deve ser enviada no próximo mês. Ele acredita em um encaminhamento ao Congresso Nacional no prazo entre 20 e 30 dias. “A gente volta para o Brasil e já começa a bater o martelo”, prometeu Guedes.

O ministro da Economia afirmou ter expectativa de que a reforma será aprovada ainda neste ano. “Para o Rodrigo Maia (presidente da Câmara), que tem mais um ano de mandato, é simbólico”, afirmou. Guedes disse que tanto o presidente da Câmara quanto o do Senado, Davi Alcolumbre, prometeram ao governo criar uma comissão mista – com 15 deputados e 15 senadores – para acelerar a tramitação.

Aproximação com Brexit

Ainda em Davos, Guedes afirmou que concluído o processo de saída do Reino Unido da União Europeia – o Brexit, o Brasil por meio do Mercosul deve ser um dos primeiros países a selar um acordo com os britânicos. Guedes deu a declaração após uma reunião com o chanceler britânico, Sajid Javid, realizada paralelamente ao Fórum Econômico Mundial.

A perspectiva leva em conta que, na Europa, o país é um dos que têm menos resistência e barreiras a produtos e serviços. No encontro, a interpretação foi de que uma vez decidida a saída do maior bloco comum, os britânicos têm pressa para fechar novas frentes de negócios. Prova disso é o primeiro-ministro Boris Johnson que passou a entrar em contato com chefes de Estado.

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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