Estudo Aponta Contaminação de Carnes de Caça com Mycobacterium leprae e Patógenos em Coari (AM)

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Uma pesquisa realizada entre 2019 e 2021 revelou que 78% das 170 amostras de carne de caça coletadas em Coari, município localizado a 363 quilômetros de Manaus, estavam contaminadas com Mycobacterium leprae, a bactéria responsável pela hanseníase. Além disso, as amostras apresentaram a presença de outros patógenos associados a doenças como leishmaniose, doença de Chagas e toxoplasmose. O estudo foi apoiado pelo Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

Intitulado “Carne de Caça e Saúde Humana: Levantamento e Detecção de Zoonoses em Carnes de Caça Comercializada na Região do Médio Rio Solimões”, o estudo foi coordenado pela doutora em Genética, Conservação e Biologia Evolutiva, Waleska Gravena, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A pesquisa foi financiada pelo Programa de Apoio à Pesquisa-Universal Amazonas da Fapeam, conforme o edital N° 085/2019, e está documentada no Portfólio de Investimentos e Resultados de Pesquisas do Amazonas – Vol. 03.

O principal objetivo da pesquisa foi quantificar o número de animais silvestres mortos para consumo na população local do Médio Solimões e alertar sobre os riscos associados a esse tipo de consumo. Para isso, foram coletadas amostras de tecido muscular com dimensões de 2 centímetros cúbicos em feiras e com a ajuda da população civil.

Os resultados alarmantes destacam a necessidade urgente de conscientização sobre os riscos à saúde relacionados ao consumo de carne de caça contaminada. Especialistas recomendam que as autoridades sanitárias adotem medidas para monitorar a comercialização dessa carne e promover campanhas educativas sobre os perigos das zoonoses.

Por Redação Amazônia Sem Fronteiras
Foto: internet

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