A Polícia Federal faz, desde o inicio da manhã desta terça-feira (26), a Operação Placebo, que investiga desvios na área da Saúde do estado do Rio de Janeiro durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Os agentes estão em vários endereços do Rio e de São Paulo, dentre eles o Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador Wilson Witzel (PSC), na Zona Sul, para onde foram enviadas pelo menos cinco viaturas da PF.
De acordo com a investigação, há um esquema de corrupção envolvendo uma organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da gestão da Saúde do estado.
A ação é comandada pela Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal e pretende cumprir 12 mandados de busca e apreensão, 10 no Rio e dois em São Paulo. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com a PF, a investigação para a operação começou através de ações realizadas pela Polícia Civil e os ministérios Público estadual (MPRJ) e Federal (MPF). O material foi compartilhado com a Procuradoria-Geral da República (PGR), no âmbito da investigação sobre os desvios na Saúde do estado que está em curso no STJ.
Em nota, o governado Wilson Witzel nega participação em algum tipo de irregularidade nos contratos investigados; veja íntegra!
Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará. A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada. Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras