Em um discurso que destoou das falas que marcaram os seus quatro anos à frente da Casa Branca, o presidente Donald Trump afirmou que o momento nos EUA é de “reconciliação” e “cura”, e condenou a invasão ao Congresso por centenas de seus apoiadores, na quarta-feira. O vídeo foi publicada no Twitter em meio à crescente pressão pela sua saída do cargo, a duas semanas do fim do mandato, e à demissão de auxiliares, incluindo as secretárias dos Transportes, Elaine Chao, e da Educação, Betsy DeVos.
Em pouco menos de três minutos, Trump se disse ultrajado pelas cenas de violência, e garantiu ter enviado as forças federais de segurança, incluindo a Guarda Nacional, ao Capitólio quando necessário. Na véspera, ele foi acusado de ter ignorado a ameaça, deixando a responsabilidade para o seu vice, Mike Pence.
— Os manifestantes que invadiram o Capitólio violaram o seio da democracia americana. Aqueles que participaram dos atos de violência não representam nosso país. Aqueles que violaram a lei irão pagar.
Ao falar das eleições presidenciais, cenário de uma briga jurídica e ponto central dos protestos em Washington, o presidente afirmou que buscou todas as saídas legais para questionar os resultados, e defendeu mudanças no processo de votação. Pela primeira vez, não repetiu suas falsa alegações de fraude, e reconheceu que, no dia 20 de janeiro, um novo governo estará na Casa Branca.
— Meu objetivo agora é garantir uma transição pacífica de poder. O momento é de curar e de se reconciliar — declarou.
Na mensagem, ainda lembrou dos impactos da pandemia sobre a vida dos americanos e sobre a economia, e disse que a reconstrução nacional vai demandar a união dos americanos, “como uma grande família”. Por fim, disse que a Presidência foi “a grande honra” de sua vida, e sinalizou aos seus apoiadores que sua jornada “está apenas começando”.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras