As compras com cartão de débito virtual do auxílio emergencial superaram os saques em espécie e o pagamento de boletos em quase quatro vezes, divulgou ontem (10) a Caixa Econômica Federal. Desde o pagamento das primeiras parcelas do benefício, em abril, ocorreram 184,8 milhões de transações com o cartão de débito virtual, contra 47,6 milhões de retiradas em espécie.
Nos últimos oito meses, houve 123,3 milhões de operações de pagamentos de boletos, 37,8 milhões de pagamentos de contas residenciais (água, luz, gás e telefone) e 30,1 milhões de transferências para outras contas da Caixa. Também houve 26 milhões de transferências para contas de outros bancos.
Todas as transações são feitas por meio do aplicativo Caixa Tem. No caso do saque em espécie, o beneficiário usa o aplicativo para gerar uma autorização para a retirada.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, os números mostram que o banco conseguiu instituir a cultura de transações digitais entre os beneficiários do auxílio emergencial, reduzindo a presença física nas agências. “A nossa estratégia funcionou, exatamente neste momento de pandemia, com um número bem menor de pessoas indo às agências”, disse.
As estatísticas referem-se ao número de transações. Em relação aos valores movimentados, o banco divulgou apenas os dados das compras com cartão de débito virtual, que somaram R$ 47,6 bilhões desde abril. Desse total, R$ 35,5 bilhões foram gastos com compras em lojas virtuais e R$ 12,1 bilhões foram desembolsados com o pagamento por meio de código QR (versão avançada do código de barras) em estabelecimentos comerciais parceiros.
Acumulado
Em oito meses de pagamento do auxílio emergencial, a Caixa desembolsou R$ 273 bilhões para 67,9 milhões de brasileiros. Desse total, a maior parte, R$ 142,6 bilhões, foi paga a trabalhadores informais que pediram o benefício por aplicativo; R$ 88,9 bilhões, a beneficiários do Bolsa Família, e R$ 41,5 bilhões a pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Ao todo, 107,9 milhões de brasileiros pediram o auxílio emergencial de abril até o fim do prazo, em 2 de julho. Do total, 67,9 milhões tiveram o cadastro aprovado e 41,3 milhões tiveram o benefício rejeitado.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras