Os suspeitos de envolvimento na morte de um motorista de aplicativo, de 49 anos, foram presos e afirmaram à polícia que cometeram o crime porque temiam serem reconhecidos pela vítima, já que eles moravam no mesmo bairro. Dois homens foram presos pelo crime. Eles foram apresentados à imprensa na manhã desta segunda-feira (9). Um adolescente de 16 anos foi apreendido também por suspeita de envolvimento no caso.
De acordo com o delegado Paulo Martins, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), no dia do crime, Felipe Gomes Araújo, de 26 anos, João Victor da Rocha Maduro, 19, e o adolescente pediram uma corrida de aplicativo. O trio, ao chegar no bairro Tarumã, anunciou o assalto.
“Eles roubaram o celular, a renda de R$ 35 e mais o veículo. Eles o colocaram na mala do carro, o levaram até o ramal do Brasileirinho e cometeram o crime sem nenhum motivo aparente”, disse Martins.
Após o crime, os suspeitos tentaram fugir no veículo da vítima, mas ficaram sem gasolina. Neste momento, eles pararam em uma casa e pediram para que uma pessoa fosse até um posto de combustíveis e comprasse combustível para eles. Depois disso, eles fugiram do local.
“O menor diz que decidiram matar a vítima pois ele morava no mesmo bairro que eles e que poderiam ser reconhecidos depois. O motorista ainda tentou correr para o mato, mas já havia sido esfaqueado e caiu. Neste momento, eles foram até a vítima e o esfaquearam novamente”, comentou o delegado.
Ainda conforme Martins, a polícia chegou ao adolescente, primeiro suspeito do crime a ser apreendido, após constatarem que a irmã dele havia sido a responsável por pedir a corrida para eles por meio do aplicativo.
Questionados sobre o motivo de terem cometido o crime, Maduro disse que quem matou o motorista foi apenas o adolescente. “Deu a doida no menor e ele matou. Eu só tava apenas lá, mas não matei (SIC)”, disse.
Araújo também diz que não matou a vítima. “Eu só estava dirigindo. Só o que eu fiz foi dirigir o carro. Em momento nenhum eu peguei nenhuma faca. Fiquei parado. Ainda dissemos para ele não matar, que era pai de família”, comentou.
Felipe e João devem responder pelo crime de latrocínio – roubo seguido de morte. Eles devem ser encaminhados para uma audiência de custódia, onde devem ser julgados pelo crime. Ambos já tinham passagens pela polícia. O adolescente segue apreendido.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras