“Eu posso ser uma pessoa apenas para o mundo; mas para uma pessoa, posso ser o mundo.” Paráfrase de Lex Savalla, CEO do Detroit Hispanic Development Corporation
Quando Michelle Obama declarou que “Sucesso não tem a ver com o quanto de dinheiro você faz; tem a ver com a diferença que você faz na vida das pessoas.”, ela tinha razão. Em um mundo cada vez mais egoísta, materialista e alheio às necessidades alheias, a empatia ainda é o elemento que melhor combina desenvolvimento da sociedade e sucesso empresarial. Do grego empatheia, o termo literalmente significa “dentro do sentimento alheio”. Neste mundo onde a vida humana tende a se tornar fútil, a empatia se torna extremamente relevante para que tenhamos novos rumos.
E não há forma melhor de expressar a empatia do que se voluntariando em ações de gentileza, ou abrindo espaço nas empresas para a responsabilidade social. O primeiro termo refere-se a ação gentil de livre e espontânea vontade de um indivíduo para outro ou comunidade; o segundo caso, é uma iniciativa de empresas para com o desenvolvimento social de todas as pessoas ou coisas envolvidas em sua cadeia de produção como comunidade, consumidores, meio ambiente, governo, etc., sem o propósito de buscar incentivos fiscais, por exemplo. Mais do que doações em datas festivas; é propor através de ações estratégicas soluções para atender as necessidades sociais, ou o envolvimento do indivíduo com as causas do contexto onde está inserido.
Longe de ser um modelo perfeito de sociedade, mas com muito mais pontos positivos a se destacar, os Estados Unidos podem se orgulhar que uma boa parte do seu desenvolvimento socioeconômico vem do fato de que mais de 90 milhões de americanos estão envolvidos com trabalho voluntário fora do seu business hour. Entre estes milhões, jovens e até crianças doam seu tempo auxiliando projetos com refugiados, pessoas de áreas de risco, etc. Alguns desses inclusive tornam-se CEOs(Chief Executive Officer- Diretor Executivo) de instituições sem fins lucrativos que se voltam para o apoio de pessoas. Instituições como o Detroit Hispanic Development Corporation, presidida por Lex Savala, lidam diretamente com crianças e jovens em risco de se envolver com o crime ou retirada do seu submundo. Além disso, Lex e um grupo de abnegados, promovem a ressocialização, lazer, proteção e até mesmo remoção de tatuagens que identificam os jovens como sendo de gangues; tudo de graça.
Instituições como a presidida por Lex não iriam muito a frente se as empresas no país não entendessem seu papel na sociedade e investissem em projetos sérios como este. Graças a Ford, por exemplo, o projeto de Lex Savala oportuniza a estes jovens o conhecimento na área de robótica e os qualifica para participar de campeonatos de construção de robôs, entre outras atividades extremamente empolgantes que empoderam jovens outrora débeis por conta do contexto.
O tema da minha dissertação de mestrado será justamente na área do voluntariado e como ele ajuda o jovem discente a evoluir enquanto aluno e cidadão. Nada melhor, entretanto, do que viver isto na prática. Gosto de palestrar e de trabalhar com esporte. Gosto de palestrar em escolas públicas; da última vez que o fiz, procurei empoderar os alunos sobre o autodescobrimento explicando sobre os diferentes estilos de aprendizagem. No esporte, estou encabeçando uma escola de futebol que auxiliará crianças entre 8 e 15 anos a vislumbrar uma carreira no futebol e a ter uma vida mais saudável, longe do sedentarismo, além de valorizar o potencial de ex-jogadores e profissionais da área de Educação Física. Apesar de ter mensalistas, uma das propostas da escola de futebol é abrir 20 vagas para crianças cujas famílias têm até 2 salários mínimos de renda. Estas crianças terão seus vales-transportes garantidos também para poder chegar até o local dos treinos. Porém, aqui eu entendo que não poderemos fazer tudo sozinhos, razão pela qual estamos totalmente dispostos a receber o apoio da iniciativa privada com ações de responsabilidade social. Alguém se pergunta: o que este cidadão ganha com isso? Pelo envolvimento com o trabalho voluntário, posso dizer que estou estabelecendo laços de solidariedade, gerando confiança recíproca que nos protegem em tempos difíceis; estou colaborando para deixar a sociedade mais integrada, desenvolvida e, o melhor de tudo, tenho me tornado um ser humano melhor. Parafraseando Lex Savalla, eu posso ser uma pessoa apenas para o mundo; mas para uma pessoa, posso ser o mundo.
Por: Cícero Ferreira de Aquino Júnior
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