O ômega 3 está entre os suplementos mais consumidos no Brasil, e isso não é sem motivo. O óleo extraído de peixes de água fria tem atuação comprovada no cérebro, no coração, no fígado e no sistema circulatório de gestantes, crianças, adultos e idosos. Saiba como ele pode te beneficiar.
Aumento da imunidade, melhoria da cognição e da memória, redução de triglicerídeos e colesterol LDL, prevenção de doenças como a artrite reumatoide, melhoria do desempenho esportivo, estes são apenas alguns dos efeitos ligados ao consumo regular de ômega 3. Não é à toa que este óleo, extraído de peixes de águas frias e profundas, é alvo de inúmeras pesquisas científicas pelo mundo. E o que dizem esses estudos? Qual é a forma de atuação do ômega 3 nos diversos órgãos do corpo? Estes são os temas que iremos abordar neste texto.
Começamos com uma pequena explicação sobre o próprio ômega 3. As substâncias que exercem as funções benéficas do óleo são os ácidos eicosapentaenoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA). O EPA apresenta ação anti-inflamatória. É um nutriente que ajuda a manter os níveis saudáveis de triglicerídeos, ajudando na saúde cardiovascular e problemas circulatórios. O DHA é um ótimo alimento para o cérebro, (visto que metade do cérebro é composto de gordura), auxilia na memória, no aprendizado e no sistema cognitivo, atuando de forma neuroprotetora. Feita a apresentação, vamos aos benefícios já reconhecidos:
Gestação
Estudos indicam que filhos de mães suplementadas com ômega 3 apresentam melhor processamento mental, aprendizado, memória, desenvolvimento psicomotor e coordenação mãos-olhos, bem como uma menor incidência de déficit de atenção. Níveis adequados de DHA na dieta são apontados como cruciais para a construção de resiliência neuronal (capacidade de se manter em atividade após situações de desgaste) e para combater doenças neurológicas.
Nas mães, foram observadas uma melhora na saúde gestacional, além de uma melhor adaptação ao estresse durante a gestação e prevenção de depressão pós-parto.
Adultos saudáveis
Pesquisas apontam que o consumo regular de ômega 3 teve atuação na redução dos níveis de “colesterol ruim” (LDL) e triglicerídeos, e melhora dos níveis do “bom colesterol” (HDL). Também foram notados efeitos anti-inflamatórios, com redução de dores articulares. Atuou ainda como protetor do sistema nervoso central, auxiliando na adaptação cerebral a estímulos e regulando receptores hormonais.
Idosos
Esta é uma das áreas em que o ômega 3 é mais pesquisado, por inibir o declínio cerebral relacionado à idade, como na doença de Alzheimer e outras doenças crônicas do cérebro. Os estudos indicam também otimização da função cerebral de cognição, efeito cardioprotetor e, em associação com vitaminas, antioxidantes e exercícios, prevenção de sarcopenia (perda de massa, força e função muscular em função do envelhecimento).
Pessoas obesas ou com sobrepeso
O excesso de tecido adiposo corporal não serve apenas como depósito inativo. Ao contrário, ele é uma fábrica biologicamente ativa, que bombeia para o organismo um fluxo constante de mediadores inflamatórios. A suplementação com ômega 3 atua na redução do processo inflamatório observado em pessoas obesas ou com sobrepeso. Segundo as pesquisas, isso diminui os riscos de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes.
Praticantes de atividade física
Pesquisas mostram que ômega 3 pode diminuir a dor muscular após treinos de resistência, além de reduzir os níveis de triglicerídeos, dores nas articulações e inflamações. Também atua na melhoria da saúde do coração e cérebro.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras