A jornalista e apresentadora Fátima Bernardes (foto), de 58 anos, revelou em seu Instagram, na última quarta-feira (2), que foi diagnosticada com câncer de útero . Ela identificou a doença em estágio inicial por meio de exames de rotina e passará por cirurgia de retirada do tumor nos próximos dias. O principal causador dessa condição é o contágio pelo papilomavírus humano, conhecido como HPV.
O que é HPV
O vírus HPV é o tipo mais comum de infecção sexualmente transmissível (IST) e atinge de forma massiva as mulheres. A médica diz que esse tipo de infecção genital, mesmo sendo prevenível, ainda é muito frequente. O HPV pode causar alterações celulares no corpo, capazes de evoluir para um câncer, assim como aconteceu com Fátima Bernardes.
Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, principalmente na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos, uma taxa que preocupa os especialistas.
Prevenção
A prevenção é um dos principais aliados no combate ao câncer no colo do útero. “A vacinação contra o HPV representa a melhor forma de prevenção primária. A duração total da proteção ainda é incerta, estimada em aproximadamente 9 anos, mas estudos matemáticos indicam alta concentração de anticorpos por no mínimo 20 anos”, destaca Michelle.
Sintomas
Um dos primeiros sinais do câncer de colo do útero é o sangramento vaginal, seguido de corrimento e dor na pelve: “Os sangramentos podem ocorrer durante a relação sexual, fora do período menstrual e em mulheres que já estão no período da menopausa “.
Em estágios mais avançados, a mulher pode apresentar um quadro de anemia devido à perda de sangue, dores nas pernas e nas costas, problemas urinários ou intestinais e até perda de peso sem intenção.
Diagnóstico
A oncologista destaca que é possível reduzir em até 80% a taxa de mortalidade da doença quando há um diagnóstico precoce , por isso a importância de realizar exames periódicos para a detecção do câncer, como foi o caso de Fátima Bernardes.
“Considerando que o tumor de colo do útero é uma doença com sintomas silenciosos, muitas vezes as mulheres perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase inicial. Sempre aconselho a realizarem os exames preventivos como o Papanicolau periodicamente, para que aumentem as chances de a doença ser diagnosticada precocemente”, pontua.
Tratamento
Assim como mencionado por Fátima, a cirurgia é uma das possibilidades de tratamento contra o câncer de útero, mas não a única. Radioterapia e quimioterapia também são opções consideradas pelos médicos.
“A cirurgia pode consistir na retirada do tumor ou na retirada do útero, o que pode impossibilitar a mulher de engravidar. Para os estágios mais avançados da doença, são recomendados os tratamentos de radioterapia e quimioterapia”, finaliza a especialista.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras