DIA DE COMBATE E PREVENÇÃO À SURDEZ

Foto:Divulgação
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‘Teste da Orelhinha’ é aliado no combate e prevenção à surdez em maternidades estaduais 

Nesta sexta-feira (10/11), o Brasil comemora o Dia de Combate e Prevenção à Surdez. A iniciativa, que destaca a importância de cuidar da saúde auditiva, ganha reforço nas maternidades sob gestão da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) que oferecem o ‘Teste da Orelhinha’. Este ano, até o mês de junho, quase 12 mil crianças já haviam passado pela avaliação. O diagnóstico precoce pode evitar a progressão de problemas auditivos que levam à surdez.

O teste é obrigatório e gratuito, sendo uma das condições para alta da mãe e do recém-nascido. Os exames são realizados entre 24 a 48 horas após o nascimento. “Todos os nascidos vivos dentro das maternidades precisam passar por essa triagem auditiva. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar os tratamentos e reduzir os danos e até evitar a progressão dos problemas auditivos”, segundo a fonoaudióloga e coordenadora da triagem auditiva nas maternidades, Ana Liz Carvalho.

Para as crianças que o teste aponta algum problema auditivo, o exame é refeito após 15 dias. “O resultado sai na hora. Existem duas possibilidades: o teste vai apontar que os níveis de audição do bebê estão dentro do que é considerado normal ou vai apresentar uma falha. Quando isto acontece, iremos solicitar que a família refaça o teste 15 dias depois. Só assim vamos conseguir ter o diagnóstico conclusivo”, explicou.

Entre janeiro e junho de 2017, foram realizados 11.930 testes em bebês recém-nascidos nas maternidades da Susam. O diagnóstico não é realizado com o objetivo de reversão total, já que os problemas auditivos, muitas vezes, derivam de células danificadas. Há, com o teste, uma expectativa de evitar progressão de surdez, de acordo com a fonoaudióloga.

Todos os dias equipes de fonoaudiólogas visitam as enfermarias das unidades para a realização do exame. “Não é só a surdez total ou parcial que queremos detectar com o teste. Nós queremos evitar que quadros que são tratáveis, que podem ser controlados e indicam problemas de audição cheguem a níveis de surdez extremos”, lembrou Ana Liz.

 Orientação – Desde o pré-natal, as mães são orientadas a realização do teste e conscientizadas da importância. É o caso de Tâmela Guimarães, 19 anos, mãe pela primeira vez. Após o segundo dia na Maternidade Balbina Mestrinho, a filha, Júlia, passou pelo teste. “Eu sabia, desde o começo, que eu preciso submetê-la ao teste. No início, pensei que como não tinham casos na família, ela não precisasse fazer. Mas pensei, pesquisei e depois vi que não é porque não houve um que não pode haver o primeiro caso”, ressalta a mãe.

É recomendado que as mães observem como tem sido o desenvolvimento auditivo dos bebês e conversem com os pediatras sobre o assunto.

Fator de Risco – São fatores de risco para um bebê desenvolver surdez: histórico famíliar; passar mais de 48 horas em UTI; as infecções congênitas (rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus e herpes); anormalidades craniofaciais (má formação de pavilhão auricular, fissura lábio palatina); fazer uso de medicamentos ototóxicos (que podem danificar o ouvido); entre outros.

 

Reportagem: Redação Amazônia Sem Fronteiras

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