Será lançado nesta quinta-feira (25), o Guia “Compliance – orientações para implantação e adoção”, produzido pela especialista no tema e doutora em Administração, professora Angela Bulbol de Lima. O tema Compliance ganhou grande repercussão, nos últimos anos, por conta dos casos de corrupção envolvendo empresas públicas e privadas. O mercado passou a exigir das organizações a implantação de regras que demonstrem a integridade na condução dos negócios.
Compliance, conforme explica a professora, é o conjunto de regras criadas para monitorar e assegurar que as normas legais estão sendo cumpridas e poder detectar e evitar qualquer inconformidade, como os casos de corrupção, por exemplo.
O Guia “Compliance – orientações para implantação e adoção”, disponível em plataforma online, no site www.angelabulbolconsultoria.com.br, será lançado na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE), durante a realização, pela professora, do seminário “Diálogos sobre Compliance na Administração Pública”, direcionado a servidores da Casa e de órgãos públicos do Estado. O seminário acontecerá das 9h às 11h, no auditório Senador João Bosco, na Escola do Legislativo, na ALE. À noite, das 19h às 21h30, na Faculdade Santa Teresa (rua Acre, 200), tem novo lançamento, no “Talk Compliance”, evento promovido sobre o assunto, pela Associação dos Empresários do Vieiralves (AER).
Além de especialista em Compliance, Angela Bulbol possui doutorado em Marketing e Sistemas de Informação na UFP-Porto, em Portugal, e é professora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). No Guia, ela explica o significado de Compliance, a importância da adoção pelas empresas e dá as orientações necessárias para os que desejam implantá-lo. “O termo, que tem origem no verbo to comply (em inglês), significa estar em conformidade com, obedecer, comprometer-se com a integridade”, ressalta.
Dentre os principais benefícios da adoção de regras de Compliance nas empresas, ela cita a preservação da integridade civil e criminal, evitando comportamentos irregulares ou ilegais dos colaboradores. Além disso, o aumento da eficiência, com a redução da incidência de fraudes e desconformidades, que geram desvios de recursos; e a redução de riscos de sanções legais (multas), perdas financeiras e abalo na credibilidade.
O programa de Compliance, segundo ela, é um sistema completo que prevê todas as ações indispensáveis para que a empresa se mantenha em conformidade, incluindo a criação de um código de conduta ética e integridade, que serve para nortear o comportamento dos colaboradores. Ela também cita a necessidade de realização de treinamentos e de gestão de um canal de denúncias. “O canal de denúncias é o meio pelo qual os colaboradores, gestores e os próprios clientes podem denunciar os atos ilícitos cometidos em nome da organização. É um instrumento fundamental de Compliance, contribuindo para o monitoramento da empresa”, afirmou.
Angela destaca que Compliance é uma atividade que não pode prescindir de profissionais altamente capacitados, na sua composição. “O assunto exige um nível elevado de conhecimento e aprofundamento técnico e, principalmente, um conjunto de competências que contribua para uma atuação segura. É fundamental que a equipe que trata do tema tenha conhecimentos específicos e bem aprofundados”, completou.
Seminário na ALE – Na ALE, a professora Angela Bulbol irá abordar o tema Compliance, com foco na administração pública. De acordo com ela, será uma introdução ao curso de Compliance que ocorrerá na Assembleia Legislativa, no período de 7 a 11 de outubro. Na programação do seminário, Angela vai falar, dentre outros assuntos, sobre a ética e a integridade como fatores de diferenciação e sobre o Pentágono da Fraude, metodologia que aponta os motivos que levam as pessoas a praticarem atitudes inadequadas.
Ação no Varejo – Para os empresários com lojas no Vieiralves, o foco é a adoção das regras de Compliance no varejo, discussão que começa a ser feita de forma pioneira no segmento, no estado. O “Talk Compliance” vai abordar, dentre outros assuntos, a gestão do cadastro de clientes. Através da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoas (LGPD), criada em 2018, passaram a existir normas que garantem a segurança e sigilo de dados dos consumidores e que devem ser observadas pelos lojistas.
A AEV reúne, hoje, 75 empresas instaladas na área do Vieiralves, atuando em segmentos como confecção, gastronomia, bares, serviços de saúde, entre outros.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras