Exercício importa mais que ter bom colesterol

A atividade física neutralizaria os efeitos nocivos de baixos índices de HDL, a partícula que remove a gordura das artérias.

O aumento na concentração da molécula que faz uma faxina nos vasos é uma das vantagens dos esportes. “Mas isso nem sempre ocorre”, lamenta Gary O’Donovan, epidemiologista da Universidade Loughborough, na Inglaterra. Nesses casos mais resistentes, nem adianta investir em pedaladas ou caminhadas? Nada disso. Com base em dados de mais de 37 mil britânicos, O’Donovan só observou uma associação entre taxas reduzidas do colesterol bom e uma maior mortalidade nos sujeitos do colesterol bom e uma maior mortalidade nos sujeitos que se mexiam menos de 150 minutos por semana.

“Mesmo sem elevar a taxa de HDL, uma vida ativa pode aprimorar sua função”, diz o expert. É como se a pessoa deixasse essa partícula mais ágil para varrer a gordura e, assim, evitar entupimentos por trás de infarto e AVC.

GLOSSÁRIO CARDIOVASCULAR

Como o exercício impacta nas moléculas que trafegam pelos vasos.

LDL

É o chamado colesterol ruim, que deposita a gordura nas artérias. O esforço físico reduz seus níveis.

HDL

Ele transporta substâncias que obstruem os vasos para o fígado. Malhar aumenta sua quantidade e eficiência.

TRIGLICERIDEOS

É uma gordura que, em excesso, trava o fluxo sanguíneo. Ao suar a camisa, a pessoa derruba esse índice em 20%.

Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras

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