Mais de 1.200 pessoas morreram no terremoto e tsunami na ilha indonésia de Célebes. O balanço oficial chegou a indicar 1.234 mortos, segundo as informações divulgadas pelo governo, nesta terça-feira. As buscas por sobreviventes prosseguem em Palu e em Donggala, as duas cidades mais atingidas pela tragédia.
Os sobreviventes lutam contra a fome e a sede. Os saques às lojas são constante em busca de mantimentos e combustíveis, já que a ajuda humanitária demora para chegar por conta dos estragos nos aeroportos e os bloqueios das vias. Os hospitais estão saturados com o grande número de feridos.
Até agora, a polícia havia tolerado que sobreviventes entrassem em mercados fechados para pegar comida e água, mas agora já prendeu 35 pessoas pelo roubo de computadores e dinheiro. Os saqueadores foram dispersados com tiros e gás lacrimogêneo.
1200 escapam da prisão
A preocupação não é só com o abastecimento, saques e hospitais lotados, mas também com a segurança. Pelo menos 1200 detentos fugiram de três prisões diferentes na Indonésia devido aos estragos causados pelo terremoto.
Segundo um responsável do Ministério da Justiça, Sri Puguh Utami, os presos fugiram das penintenciárias de Palu, uma das mais atingidas pela catástrofe, e Donggala. De acordo com ele, o início de inundação não foi provocado pelo tsunami. “Eles fugiram porque se asssustaram com o terremoto”, declarou.
Já a prisão de Donggala foi incendiada pelos próprios prisioneiros, provocando a fuga de 343 pessoas. De acordo com o Ministério da Justiça, os presos estavam preocupados com suas famílias e queriam uma permissão especial para sair.
Diante da demora da autorização, botaram fogo no estabelecimento, que abriga principalmente condenados por tráfico de drogas e corrupção. Uma terceira prisão do país foi atingida, mas as autoridades não deram maiores detalhes.
Reportagem: Redação Amazônia sem Fronteiras